Mais um "crime gravíssimo" de Moraes que poucos perceberam, revela senador

O senador Marcos do Val, filiado ao partido Podemos-ES, manifestou críticas diretas à atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em suas declarações, o parlamentar destacou uma série de medidas que, segundo ele, foram injustas e prejudiciais à sua função como representante do povo. De acordo com Marcos do Val, uma das ações mais impactantes foi o bloqueio integral de seu salário, ordenado por Alexandre de Moraes. O senador refutou a informação de que o bloqueio seria apenas parcial, conforme divulgado pelo STF. Ele afirmou que o magistrado havia liberado apenas recursos destinados à ajuda de gabinete, mas que seu salário pessoal permanece totalmente retido, contrariando a legislação que garante a inviolabilidade dos vencimentos. "Muita gente no Brasil está achando que o Xandão está bonzinho, que liberou 30% [do salário]. Ele liberou 30% da ajuda de gabinete, da verba de gabinete, que ele bloqueou da conta do Senado Federal, não é da minha conta.

O meu salário ele bloqueou na integralidade, e a lei diz que o salário é inviolável — nem para pagamento de pensão alimentícia, caso a pessoa esteja devendo, pode ser retido. Então, é um crime gravíssimo", declarou o senador. Além do bloqueio salarial, Marcos do Val também criticou a retenção de seu passaporte diplomático, medida que, segundo ele, prejudica gravemente seu trabalho no exterior e a representatividade de seus eleitores. Ele salientou que a suspensão de suas redes sociais, ordenada por Moraes, é outro fator que dificulta sua atuação parlamentar, pois restringe sua comunicação com a população.

O senador acusou ainda Alexandre de Moraes de pressionar Elon Musk, proprietário da plataforma X (antigo Twitter), para que descumprisse a Constituição brasileira ao solicitar a remoção de conteúdos e o bloqueio de contas da rede social, sob a ameaça de multa diária. Segundo Marcos do Val, a exigência da Corte para que fosse nomeado um representante do X no Brasil contraria a legislação vigente, sendo uma medida arbitrária.

"Você está coagindo um empresário para que ele descumpra a nossa Constituição! E ainda tem a audácia de dizer: 'Não, ele está cumprindo a lei'. Aí você vai na Constituição, não tem nada dizendo. Você vai descendo: na hierarquia da lei, lá no oitavo nível, tem o Marco Civil da Internet [Lei 12.965, de 2014], aí está dizendo: recomenda-se à empresa que presta serviço no Brasil, de rede social, a ter um escritório ou um canal direto com a parte jurídica da empresa. Não está dizendo que é obrigatório, isso está no Projeto de Lei das Fake News [PL 2.630/2020], é um projeto que ele está brigando para ter", alegou o senador. Por fim, Marcos do Val fez um apelo à população para que continue protestando pacificamente e apoiando o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. O senador enfatizou a importância da mobilização popular para assegurar que as ações do ministro sejam revistas e que a justiça prevaleça.