Incomodado com a falta de posicionamento da maior parte dos senadores do Partido Social Democrático (PSD) em relação ao impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) tomou a iniciativa de lançar uma campanha para pressionar os parlamentares do partido. Esta ação vem como resposta à inércia percebida por Ferreira, que vê a postura neutra como um impedimento ao prosseguimento do processo.
A legenda criticada por Nikolas é a mesma a qual o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é filiado. É responsabilidade de Pacheco decidir sobre a abertura ou arquivamento dos pedidos de impeachment contra magistrados da Suprema Corte. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Ferreira expõe uma série de argumentos, classificando o PSD como um "inimigo escondido". Ele destaca que, dos 31 senadores que ainda não se posicionaram sobre o tema, dez pertencem ao PSD, e dois são declaradamente contrários ao impeachment.
Com base nessa análise, o deputado pediu aos eleitores que pressionem os senadores do PSD durante as eleições municipais, sugerindo que se recusem a votar nos candidatos indicados por esses parlamentares, caso continuem sem um posicionamento claro sobre o impeachment. Ele enfatizou a necessidade de mobilização popular para influenciar a decisão dos senadores.
– Faltam somente cinco votos favoráveis para que o impeachment de Moraes avance.
(…) Não vote no candidato apoiado pelos senadores indecisos do PSD sobre o impeachment de Moraes. Se os candidatos do PSD não querem o boicote, peçam aos senadores para que se posicionem a favor da democracia e apoiem o impeachment de Moraes – exortou Nikolas.
No entanto, o deputado fez questão de ressaltar que há exceções, reconhecendo que alguns senadores do PSD já se manifestaram a favor da destituição de Moraes. Ele pediu aos eleitores que avaliassem cuidadosamente cada caso para não generalizar, evitando injustiças com aqueles que já tomaram uma posição.
– Peço para que você avalie e não generalize, afinal, nós temos exceções – sublinhou Nikolas.
De forma incisiva, Nikolas mencionou especificamente os senadores que, segundo ele, necessitam ser pressionados. Os nomes citados foram: Ângelo Coronel (BA), Bene Camacho (MA), Daniella Ribeiro (PR), Irajá Silvestre (TO), Jussara Lima (PI), Mara Gabrilli (SP), Margareth Buzetti (MT), Rodrigo Pacheco (MG), Sérgio Petecão (AC) e Zenaide Maia (RN). A estratégia do deputado é clara: mobilizar a base eleitoral para influenciar a atuação parlamentar e, assim, avançar com o processo de impeachment.
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