A esquerda continua a insistir em um discurso antiquado, focado no sindicalismo e na revolução, direcionado principalmente aos mais pobres. Esse discurso, no entanto, não encontra mais ressonância entre os trabalhadores atuais, que se identificam muito mais com ideias de empreendedorismo e liberalismo econômico. Enquanto a esquerda se apega a ideais do passado, a realidade do trabalhador moderno exige novas abordagens e soluções.
Essa desconexão explica, em grande parte, por que figuras como Marçal e Nunes encontram mais aceitação entre as classes mais baixas do que políticos como Boulos, que ainda utilizam uma narrativa de defesa dos oprimidos. O discurso de Boulos, enraizado em uma luta de classes antiquada, não dialoga com as aspirações de mobilidade econômica e autonomia que movem muitos trabalhadores hoje em dia.
A grande mídia, por sua vez, também apresenta um discurso que muitas vezes parece descolado da realidade da população.
Isso tem contribuído para uma perda significativa de credibilidade. Ao ignorar as preocupações e necessidades concretas das pessoas comuns, a mídia tradicional se afasta do seu público e abre espaço para outras vozes e plataformas que conseguem captar melhor o sentimento popular.
Os únicos ambientes onde o discurso de pautas identitárias, opressores versus oprimidos e sindicalismo ainda prevalece são as redes sociais de militantes e as universidades públicas.
Esses espaços, embora importantes para a formação de pensamento crítico, muitas vezes não refletem a diversidade de perspectivas e necessidades da população em geral. Assim, acabam por perpetuar uma visão limitada e, por vezes, elitista da realidade social.
Para agravar a situação, não há sinais de renovação significativa nos quadros do PT, um dos principais partidos da esquerda. Em vez de apostar em novas lideranças, o partido insiste em reciclar nomes antigos como Zé Dirceu para ocupar cargos no Legislativo.
Essa falta de inovação impede a criação de um discurso mais atual e relevante, afastando ainda mais a esquerda das novas gerações e das demandas contemporâneas.
Acredito que a "nova esquerda" encontrará sua organização em figuras como Tabata Amaral, que promovem um discurso mais realista e menos comprometido com questões de gênero e raça. Tabata representa uma nova narrativa: uma jovem branca, bonita, feminina, delicada e hetero, que, apesar de suas origens humildes, ascendeu por mérito e muito esforço. Essa trajetória desafia a velha esquerda, que muitas vezes reluta em admitir o papel do mérito individual.
A meu ver, a direita está se desdobrando em várias versões, explorando diferentes abordagens e discursos, enquanto a esquerda tenta atualizar sua versão principal para se conectar com as realidades e aspirações do presente. Essa transformação é essencial para que ambas as correntes políticas possam dialogar de forma mais eficaz com a população e contribuir para um debate mais rico e construtivo.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado...