Record dá "chapéu" e rompe monopólio da Globo Record dá "chapéu" e rompe monopólio da Globo Record dá "chapéu" e rompe monopólio da Globo Pular para o conteúdo principal

Record dá "chapéu" e rompe monopólio da Globo

A decisão da Liga Forte União (LFU) de vender os direitos de transmissão de seus clubes para a Record e o YouTube marca um momento significativo na história das transmissões do Campeonato Brasileiro. Após mais de duas décadas, a Record volta a exibir o principal campeonato de futebol do país, o que representa uma reconfiguração importante no cenário das transmissões esportivas no Brasil. O acordo, avaliado em cerca de R$ 400 milhões anuais, mostra a força e a atratividade dos clubes da LFU, que incluem grandes times como Corinthians, Internacional, Cruzeiro e Vasco. A parceria com o YouTube também reflete uma tendência crescente de diversificação das plataformas de transmissão, reconhecendo o poder do streaming e da mídia digital em alcançar audiências amplas e variadas. Ao comparar o valor por jogo pago pela Record e pelo YouTube (cerca de R$ 10 milhões) com o valor pago pelo Grupo Globo aos clubes da Libra (R$ 6,7 milhões por jogo), percebe-se que a LFU conseguiu uma negociação mais vantajosa, ao menos em termos financeiros diretos. Isso sugere que o grupo está disposto a explorar novos modelos de negócios, quebrando o monopólio tradicional da Globo no futebol brasileiro. Essa decisão também destaca a diferença de estratégia entre a LFU e a Libra. Enquanto a Libra optou por um contrato exclusivo com a Globo, centralizando suas transmissões em uma única rede, a LFU adotou uma abordagem mais fragmentada, o que pode gerar maior exposição para os clubes em diversas plataformas. Essa estratégia, além de potencialmente aumentar as receitas, também pode engajar um público mais diversificado. No entanto, essa divisão também traz desafios. A falta de uma liga unificada pode resultar em competições internas e confusão entre os torcedores, especialmente no que diz respeito aos direitos de transmissão. A divisão dos lucros pela LFU, que destina 45% dos ganhos de forma igualitária, 30% com base no desempenho, e 25% conforme a audiência, é um modelo que visa equilibrar as disparidades financeiras entre os clubes, mas que também pode gerar disputas sobre a distribuição dos recursos. A ruptura entre a LFU e a Libra, que inicialmente trabalharam juntas na criação de uma liga nacional independente da CBF, reflete as dificuldades de unir todos os interesses em torno de uma única organização. Agora, com os dois grupos trilhando caminhos separados, o futuro do futebol brasileiro se apresenta mais fragmentado, com cada lado buscando maximizar suas vantagens. Este novo cenário pode, a longo prazo, redefinir o equilíbrio de poder no futebol brasileiro, tanto dentro quanto fora de campo. A capacidade da LFU de explorar novas oportunidades e maximizar suas receitas será crucial para sua sustentabilidade e competitividade em relação à Libra e às suas parcerias.

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