A declaração de Carlos Bolsonaro causou um rebuliço no cenário político, principalmente entre os apoiadores da direita. Ao expressar sua preferência por Marina Helena, do Partido NOVO, ele trouxe à tona a insatisfação com as opções de candidatos à Prefeitura de São Paulo que, até então, pareciam ter o apoio do bolsonarismo.
Carlos critica duramente não apenas Ricardo Nunes, mas também faz uma referência clara a outro candidato que, segundo ele, usa o rótulo de direita de maneira oportunista e com interesses financeiros, sem mencionar nomes, mas deixando implícitas suas desconfianças.
Essa manifestação parece ser uma tentativa de redirecionar os votos da direita para uma candidata que, segundo ele, tem afinidades mais claras com o movimento conservador, diferenciando-se dos que ele considera infiltrados ou dissimulados na corrida eleitoral. O apoio a Marina Helena é inesperado, já que o Partido NOVO não tem sido tradicionalmente associado ao núcleo duro do bolsonarismo, mas a declaração sugere que, para Carlos, ela representa uma opção mais alinhada com os valores que ele defende.
Ao mencionar a necessidade de impedir o avanço da "extrema-esquerda" na figura de Boulos, Carlos Bolsonaro reforça a ideia de que a eleição em São Paulo é uma batalha crucial entre ideologias opostas, e que os eleitores de direita devem escolher com cuidado para não fortalecer o campo adversário. Ele deixa claro que, para ele, Marina Helena poderia ser uma alternativa viável para manter a direita no comando, ainda que isso represente uma ruptura com as opções que até então eram consideradas mais óbvias.
Essa declaração pode desestabilizar as campanhas dos outros candidatos de direita, especialmente aqueles que contavam com o apoio do clã Bolsonaro, e criar uma nova dinâmica na eleição. A indicação de Carlos para Marina Helena pode atrair eleitores insatisfeitos com as opções tradicionais e aqueles que estão preocupados com a ascensão de Boulos, mas também pode fragmentar ainda mais o eleitorado de direita, tornando a disputa ainda mais imprevisível.
Essa posição de Carlos demonstra a complexidade das alianças e das divisões internas na direita brasileira, especialmente em um cenário eleitoral tão polarizado como o de São Paulo. A referência a "soldado do Lula" ao descrever Boulos reforça a narrativa de que essa eleição é uma continuação da batalha nacional entre o bolsonarismo e o petismo, com São Paulo como um campo de batalha estratégico.
Diante de entendível resistência ao tal do Nunes, mas não me referindo ao pessoal que tem um projeto de poder e financeiro liderado por outro que nunca apresentou nada para ser considerado de direita, por mim se colocando propositalmente COM APOIO DE DETERMINADOS para tentar…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) August 23, 2024