Bolsonaro dá resposta imediata a Moraes e manda sugestão que põe ponto final em eventuais 'segundas intenções'
Possivelmente com 'segundas intenções', o ministro Alexandre de Moraes deu 48 horas de prazo para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) explicasse “eventual descumprimento” de ordem sobre contato entre ele e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A presença de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto na convenção do PL na semana passada gerou controvérsias devido a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A ordem de Moraes, considerada absurda e sem respaldo jurídico por muitos, parece ser mais um exemplo da atuação do Supremo que, segundo críticas, ignora princípios legais fundamentais em suas decisões.
A defesa de Bolsonaro, em resposta à decisão de Moraes, prontamente informou que o ex-presidente e Valdemar Costa Neto estiveram no evento em horários distintos, cumprindo assim as medidas cautelares impostas. Esse cuidado reflete a cautela da defesa em evitar qualquer alegação de descumprimento da ordem judicial, mesmo diante de uma decisão que muitos consideram inaceitável.
A nota dos advogados de Bolsonaro destaca a diferença de horários como um ponto crucial para provar que não houve nenhum encontro entre Bolsonaro e Valdemar durante o evento. Isso demonstra o comprometimento em seguir as determinações, mesmo quando estas são vistas como excessivas ou injustas.
Para encerrar a questão, a defesa de Bolsonaro sugeriu que o próprio ministro Moraes consulte pessoas presentes na convenção, como o prefeito Ricardo Nunes ou o ex-presidente Michel Temer, que inclusive nomeou Moraes para o STF. Essa proposta evidencia a confiança da defesa na veracidade de suas alegações e coloca o ônus da comprovação nas mãos do próprio tribunal.
Essa situação ressalta a tensão crescente entre Bolsonaro, seu grupo político, e o STF, que muitos veem como ultrapassando seus limites constitucionais. A reação da defesa de Bolsonaro, porém, demonstra uma estratégia cuidadosa para enfrentar o que consideram ser perseguição judicial, buscando sempre estar em conformidade com a lei, mesmo em um ambiente político cada vez mais polarizado.