Marcelo Tas tenta passar a mão na cabeça de Lula e tem hipocrisia escancarada por Mario Frias

Nesta quarta-feira (31), Marcelo Tas se manifestou a respeito da posição do governo brasileiro em relação que que se passa na Venezuela. Segundo ele, o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, Celso Amorim, “perdeu a chance” de defender a democracia. Tas também disse que Lula foi induzido por Amorim “a alinhar o Brasil a um golpe de estado desferido à luz do dia por um ditador latino-americano sanguinário”. Sem citar nome, ele se referiu ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que diz ter vencido as eleições presidenciais do último domingo (28). O chanceler Amorim perdeu a chance de entrar para a história como um defensor da democracia. Induziu Lula a alinhar o Brasil a um golpe de estado desferido à luz do dia por um ditador latino-americano sanguinário, visivelmente derrotado pela ampla maioria do seu povo. Uma vergonha que vai arranhar para sempre a prestigiosa diplomacia brasileira – disse Tas, que ficou entre os assuntos de destaque na rede social X. O nome de Maduro foi anunciado como vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão máximo eleitoral da Venezuela. O comentário de Marcelo Tas foi rebatido pelo deputado federal Mario Frias (PL-SP). Ele apontou que o apresentador tenta inocentar Lula. – O mesmo Marcelo Tas que, há seis anos, afirmou repudiar o apoio do PT à ditadura na Venezuela agora diz que Lula foi induzido a apoiar o que ele sempre apoiou. Tudo bem querer parecer limpinho depois de ter colaborado para que alguém que sempre apoiou e financiou ditaduras com o nosso dinheiro chegasse ao poder novamente, mas tratar todo mundo como se fôssemos idiotas não é aceitável. Tentar inocentar Lula, como se ele precisasse ser induzido a fazer o que sempre fez, é ser muito cara de pau. Deveria haver um limite para o cinismo e a canalhice. O Marcelo Tas sempre soube a verdade, acontece que agora, ninguém quer ser o pai da criança – reagiu o parlamentar. VENEZUELA Até o momento, nove países solicitaram uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para debater as eleições venezuelanas. São eles: Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana. Após pressão internacional e da oposição venezuelana, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro se pronunciou sobre as eleições no país vizinho. Na nota, emitida nesta segunda-feira, a pasta elogia o “caráter pacífico” com que o pleito foi conduzido no domingo; contudo, afirma que só reconhecerá ou rejeitará o resultado após o CNE publicar as atas com os dados de cada mesa de votação.

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