PT escanteia filho de José Dirceu e frustra planos do deputado

Nesta segunda-feira (27), a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) revelou que decidiu apoiar o candidato do PSB à Prefeitura de Curitiba (PR), Luciano Ducci. A decisão teria frustrado os planos do deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), que queria disputar o pleito.

A homologação do apoio do PT ao PSB foi aprovada por 15 votos a 7. As informações são do Metrópoles e do site O Antagonista. Zeca é filho do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. Nas redes sociais, o deputado disse que irá manter a pré-candidatura e terá apoio do presidente Lula (PT). – Sigo pré-candidato a prefeito de Curitiba! Com orgulho, serei o CANDIDATO DO LULA. Hoje, a Executiva Nacional do PT deliberou por apoiar Luciano Ducci, do PSB. Como já tinha ocorrido anteriormente, na instância municipal, também não se alcançou 2/3 dos votos. Diante disto, seguindo o que garante o estatuto, vou recorrer ao Diretório Nacional, a única instância partidária que pode dar palavra final nestas situações – comentou. A decisão da Executiva Nacional do PT de apoiar Luciano Ducci, candidato do PSB, para a Prefeitura de Curitiba gerou um ambiente de descontentamento entre os membros locais do partido, especialmente para Zeca Dirceu, que esperava ser o candidato. Zeca, filho do ex-ministro José Dirceu, manifestou sua insatisfação e afirmou que manterá sua pré-candidatura, contando com o apoio explícito do presidente Lula. A votação que definiu o apoio ao PSB foi apertada, com 15 votos a favor e 7 contra, refletindo uma divisão interna significativa. Em suas redes sociais, Zeca Dirceu deixou claro que irá recorrer ao Diretório Nacional do PT, a última instância decisória dentro do partido, na esperança de reverter a decisão da Executiva Nacional. Ele enfatizou sua determinação em continuar na disputa e se autodenominou como "o candidato do Lula", tentando mobilizar sua base e demonstrar força política. A situação cria um cenário de incerteza e possível conflito interno, com implicações para a campanha eleitoral em Curitiba. Esse episódio sublinha as complexidades das alianças políticas e as tensões internas dentro dos partidos, especialmente em períodos eleitorais. A decisão do PT de apoiar um candidato de outro partido, em detrimento de um de seus próprios membros com forte apoio local, é uma estratégia que pode tanto fortalecer alianças como criar fissuras internas. A resposta de Zeca Dirceu, prometendo recorrer e manter sua pré-candidatura, sugere que o debate está longe de ser resolvido e que o processo eleitoral em Curitiba pode ser marcado por disputas não apenas entre partidos adversários, mas também dentro do próprio PT.