Em decisão histórica, STF rejeita ideia de “poder moderador” das Forças Armadas Em decisão histórica, STF rejeita ideia de “poder moderador” das Forças Armadas Em decisão histórica, STF rejeita ideia de “poder moderador” das Forças Armadas Pular para o conteúdo principal

Em decisão histórica, STF rejeita ideia de “poder moderador” das Forças Armadas

Em uma decisão histórica, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram, por unanimidade, a possibilidade de as Forças Armadas exercerem um suposto "poder moderador" em relação aos demais Poderes da República. A votação ocorreu em uma sessão virtual da Corte, culminando em uma posição clara sobre a interpretação constitucional desse tema controverso. O último voto a ser registrado foi do ministro Dias Toffoli, nesta segunda-feira (8), encerrando um debate que ecoou fortemente na esfera política do país. A ação que provocou esse debate foi proposta pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), contestando três pontos de uma lei de 1999 que regula a atuação das Forças Armadas. Entre os pontos questionados estão a hierarquia submetida à autoridade suprema do presidente da República, a definição das ações das Forças de acordo com a Constituição e as atribuições do presidente para decidir sobre o emprego das Forças Armadas em solicitações dos demais Poderes. O ministro Luiz Fux, em seu voto, ressaltou que a Constituição brasileira não abre margem para uma ruptura democrática ou para intervenções militares constitucionais. Ele argumentou que o princípio fundamental do Estado Democrático de Direito estabelece que todo o poder emana do povo, exercido por meio de representantes eleitos, e que qualquer tentativa de tomar o poder fora desses canais democráticos é contrária à essência constitucional. Alexandre de Moraes, outro ministro do STF, classificou a ideia de as Forças Armadas terem um papel moderador como uma interpretação golpista, considerando-a absurda e antidemocrática. Ele destacou que em nenhum país democrático as Forças Armadas são previstas como um dos poderes de Estado ou, ainda mais grave, como poder moderador sobre os demais poderes. Moraes ressaltou ainda que, embora a Constituição permita o uso da intervenção militar em situações excepcionais e temporárias para proteger a ordem democrática, isso nunca pode ser usado para subverter a própria democracia. Em sua argumentação, ele reiterou a supremacia da autoridade civil sobre a autoridade militar, mesmo em momentos de crise, em respeito à divisão de poderes entre os ramos executivo, legislativo e judiciário. Essa decisão do STF representa um marco na história jurídica e política do Brasil, reforçando os princípios fundamentais da democracia e da separação de poderes. Além disso, ela envia um claro sinal sobre os limites do poder das Forças Armadas dentro do Estado democrático de direito, reafirmando o papel do Judiciário como guardião da Constituição. Com essa unanimidade, o Supremo Tribunal Federal reforça sua autoridade como instituição fundamental para a preservação da ordem democrática no país.

Postagens mais visitadas deste blog

Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)

Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha.  O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado

Ao vivo em rede nacional, atleta brasileira dá lição na lacração durante as Olimpíadas (veja o vídeo)

Atual vice-campeã olímpica, a brasileira Rayssa Leal, obteve a melhor nota da história olímpica na fase de manobras e se classificou para a final do skate street em Paris 2024 que acontece neste domingo (28) e reúne as oito melhores skatistas. Rayssa avançou na 7ª posição. Na disputa por medalha, a pontuação das competidoras é zerada. No skate street, as competidoras tem duas voltas de 45 segundos e cinco manobras únicas. A melhor nota na fase de voltas e as duas melhores na de manobras são computadas para a contagem final. Na primeira parte da disputa, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as cinco competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras. – Tava um pouco emocionada porque normalmente isso não acontece. É bem raro eu errar as duas voltas e com manobras muito simples. A gente se deixa levar pelo nervosismo. É coisa que acontece. Por ser um e

Simone Biles se nega a dar entrevista para a Globo e motivo vem à tona

Simone Biles, um ícone da ginástica mundial, demonstrou mais uma vez sua capacidade de enfrentar e superar desafios nas Olimpíadas de Paris. Após conquistar uma medalha de ouro no geral individual, a ginasta evitou a imprensa brasileira, conversando apenas com os meios de comunicação norte-americanos. Em um tom descontraído, Simone brincou ao afirmar que “não queria mais” competir com Rebeca Andrade, destacando a pressão que sentiu ao enfrentar uma adversária tão forte. Rebeca ficou com a medalha de prata, evidenciando o alto nível de competição entre as duas. Durante uma entrevista à NBC, Simone revelou que estava nervosa com a proximidade de Rebeca na pontuação, sentindo a necessidade de ajustar sua estratégia para garantir o ouro. Sua técnica no salto sobre a mesa foi cuidadosamente planejada para superar a brasileira, mostrando a intensidade da competição e o alto nível de habilidade envolvido. A medalhista de bronze, Sunisa Lee, comentou sobre o estado emocional de Sim