— É um cargo que nunca exerci e que eu gostaria de ver a pluralidade brasileira, conhecer mais o Brasil profundamente. Com mais de 500 deputados federais, você vai entender mais o Brasil e defender o Rio de Janeiro — discorreu o ex-governador, poucos depois de frisar: — Isso caso eu possa e a Justiça me permita.
Cabral ficou pouco mais de seis anos na cadeia em decorrência de sentenças proferidas no âmbito da Operação Lava-Jato. Ele deixou a unidade prisional da Polícia Militar na noite de 19 de dezembro de 2022, após passar 2.223 dias atrás das grades.
Inicialmente, o ex-governador passou a cumprir prisão domiciliar em um apartamento da família em Copacabana, com vista privilegiada para a praia e dez vezes maior do que a cela de oito metros quadrados em que estava até então. Em fevereiro deste ano, porém, a prisão domiciliar também foi revogada, sendo mantido o uso de tornozeleira eletrônica.
Cabral foi alvo de 24 condenações, a maior parte por corrupção, e acabou submetido a penas que somam mais de 400 anos de prisão. O ex-governador foi acusado de comandar uma organização criminosa que fraudava licitações e cobrava propina. "Esse foi meu erro de postura, apego a poder, dinheiro... É um vício”, disse ele ao depor na 7ª Vara Federal Criminal do Rio, em 2019.
Antes de ocupar o Palácio Guanabara entre 2007 e 2014, Cabral foi senador pelo Rio de Janeiro de 2003 a 2006. Ele também foi deputado estadual por três mandatos consecutivos, de 1991 até 2003, presidindo a Assembleia Legislativa em boa parte desse período.
Créditos: O Globo.