O país vizinho do Brasil que cresceu 66% em 2022 O país vizinho do Brasil que cresceu 66% em 2022 O país vizinho do Brasil que cresceu 66% em 2022 Pular para o conteúdo principal

O país vizinho do Brasil que cresceu 66% em 2022


 
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, declarou que "o tempo não está a nosso favor" ao falar sobre a luta do país sul-americano para aproveitar ao máximo a sua recém-descoberta riqueza petrolífera antes que seja muito tarde.

Na última década, a Guiana encontrou enormes quantidades de petróleo e gás nas suas águas costeiras.

Atualmente, o país possui reservas de cerca de 11 bilhões de barris.

Isso coloca o país entre os 20 primeiros em termos de potencial, uma categoria que inclui países como a Noruega, o Brasil e a Argélia.

Mas as descobertas surgem num momento em que o planeta tenta se livrar dos combustíveis fósseis para enfrentar as alterações climáticas.

Desde o Acordo de Paris de 2015, os países prometeram reduzir as suas emissões de gases com efeito estufa para zero até 2050. Isso significa tentar reduzir o uso de petróleo.

Em entrevista à BBC na capital Georgetown, o presidente Ali também disse que mesmo que o mundo cumprisse as suas metas de zero emissões líquidas – algo que ele duvida que aconteça – ainda dependeria fortemente dos combustíveis fósseis, mesmo depois de 2050.




"Enquanto falo com vocês, 53% do mix energético mundial vem do petróleo e do gás", disse Ali.

"Mesmo que consigamos cumprir o compromisso total, estamos prevendo que 35% a 40% do mix energético mundial ainda provém do petróleo e do gás. Portanto, não vejo de forma realista um fim a médio prazo do petróleo e do gás."

"Mesmo que acabemos numa situação em 2070 e mais além - onde, digamos, 40% do mix energético dependerão do petróleo e do gás - quem determina quem produz esses 40%? Estas são questões que devem ser respondidas, porque não é possível apenas decidir: 'Você está fora, você está dentro.' Isso é um modo diferente de colonialismo."

A bonança do petróleo transformou a economia da Guiana. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), cresceu 62% no ano passado e deverá somar mais 37% este ano. Essa é a taxa de crescimento mais rápida em qualquer lugar do mundo.

E a riqueza será potencialmente partilhada entre um número relativamente pequeno de pessoas. Embora a Guiana seja do tamanho da Grã-Bretanha, tem uma população de apenas 800 mil pessoas. A maior parte do seu território é de floresta tropical.

Portanto, o potencial de crescimento econômico per capita é enorme. Já subiu acentuadamente. Em 2015, quando a grande petrolífera norte-americana Exxon fez a sua primeira descoberta em águas da Guiana, o produto interno bruto per capita era de 11 mil dólares (cerca de R$ 55 mil). Este ano, o FMI prevê que ultrapassará os 60 mil dólares (cerca de R$ 300 mil).

Ali disse que o seu país não tem planos de se juntar ao cartel petrolífero da OPEP e insistiu que o seu governo respeitará os contratos que o seu antecessor assinou com a Exxon – embora alguns ativistas tenham classificado esses acordos como excessivamente generosos.

“O acordo poderia ter sido melhor para a Guiana”, disse Ali. “A Exxon teve um bom acordo assinado pelo último governo, mas, vejam, para nós, o cumprimento do contrato é muito importante. Não podemos retroceder e renegociar.”

Ele disse estar confiante de que a Guiana vencerá sua disputa territorial com a Venezuela, que reivindica dois terços do território da Guiana como seu. A disputa começou no final do século XIX e tramita no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ).

“Temos muita clareza sobre onde estão as nossas fronteiras e estamos muito confiantes sobre o nosso caso”, disse Ali. “Já houve duas decisões e ambas foram a favor da Guiana. Incentivamos ativamente a Venezuela a participar neste processo e a respeitar o resultado da CIJ”.

FONTE: BBC News Brasil

Postagens mais visitadas deste blog

Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)

Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha.  O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado

Ao vivo em rede nacional, atleta brasileira dá lição na lacração durante as Olimpíadas (veja o vídeo)

Atual vice-campeã olímpica, a brasileira Rayssa Leal, obteve a melhor nota da história olímpica na fase de manobras e se classificou para a final do skate street em Paris 2024 que acontece neste domingo (28) e reúne as oito melhores skatistas. Rayssa avançou na 7ª posição. Na disputa por medalha, a pontuação das competidoras é zerada. No skate street, as competidoras tem duas voltas de 45 segundos e cinco manobras únicas. A melhor nota na fase de voltas e as duas melhores na de manobras são computadas para a contagem final. Na primeira parte da disputa, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as cinco competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras. – Tava um pouco emocionada porque normalmente isso não acontece. É bem raro eu errar as duas voltas e com manobras muito simples. A gente se deixa levar pelo nervosismo. É coisa que acontece. Por ser um e

Simone Biles se nega a dar entrevista para a Globo e motivo vem à tona

Simone Biles, um ícone da ginástica mundial, demonstrou mais uma vez sua capacidade de enfrentar e superar desafios nas Olimpíadas de Paris. Após conquistar uma medalha de ouro no geral individual, a ginasta evitou a imprensa brasileira, conversando apenas com os meios de comunicação norte-americanos. Em um tom descontraído, Simone brincou ao afirmar que “não queria mais” competir com Rebeca Andrade, destacando a pressão que sentiu ao enfrentar uma adversária tão forte. Rebeca ficou com a medalha de prata, evidenciando o alto nível de competição entre as duas. Durante uma entrevista à NBC, Simone revelou que estava nervosa com a proximidade de Rebeca na pontuação, sentindo a necessidade de ajustar sua estratégia para garantir o ouro. Sua técnica no salto sobre a mesa foi cuidadosamente planejada para superar a brasileira, mostrando a intensidade da competição e o alto nível de habilidade envolvido. A medalhista de bronze, Sunisa Lee, comentou sobre o estado emocional de Sim