O ministro Silvio Almeida, titular da pasta de Direitos Humanos do governo federal, optou por não se manifestar após a calorosa recepção do presidente Lula (PT) ao ditador venezuelano Nicolás Maduro, cujo governo é marcado por violações diversas à democracia, aos direitos humanos e às liberdades individuais.
Em clima amigável e com ironias às acusações de violações cometidas pelo ditador, que chegou ao Brasil nesta segunda-feira (29) para participar da cúpula de líderes da América do Sul, Lula chegou a dizer que tais denúncias seriam uma “narrativa no mundo de que na Venezuela não tem democracia e que ele [Maduro] cometeu erros”.
Lula chegou a dizer que caberia ao venezuelano “construir a narrativa dele”. O presidente brasileiro é aliado de longa data de Maduro, que em 2013 sucedeu o também ditador Hugo Chávez e desde então tem perpetuado a ditadura chavista no país.
Silvio Almeida, que tem participado de eventos em diferentes países sobre temas que incluem a violência originada por questões políticas, evitou tratar do assunto.
Silvio Almeida, que tem participado de eventos em diferentes países sobre temas que incluem a violência originada por questões políticas, evitou tratar do assunto.
O ministro dos Direitos Humanos também optou pelo silêncio em relação à agressão que uma repórter da Globo sofreu, na noite desta terça-feira (30), por um dos seguranças de Maduro e por membros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo federal. A comunicação oficial do ministério igualmente ignorou completamente o assunto.
A Gazeta do Povo entrou em contato com a pasta nesta quarta-feira (31) solicitando um posicionamento, que não havia sido enviado até o fechamento da matéria. A reportagem será atualizada caso a manifestação seja encaminhada.
“Graves violações dos direitos humanos na Venezuela”, diz ONU sobre regime de Maduro
Relatórios da Missão de Determinação de Fatos da ONU na Venezuela, que iniciou em 2019, apontam uma série de crimes contra a humanidade em curso pelo governo do país: execuções arbitrárias, uso sistemático de tortura, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e violência sexual estão entre eles.
“A missão encontrou motivos razoáveis para acreditar que as autoridades e as forças de segurança venezuelanas planejaram e executaram, desde 2014, graves violações dos direitos humanos”, declarou Marta Valiñas, integrante da missão da ONU na Venezuela após divulgação do primeiro relatório, em 2020.
A Gazeta do Povo entrou em contato com a pasta nesta quarta-feira (31) solicitando um posicionamento, que não havia sido enviado até o fechamento da matéria. A reportagem será atualizada caso a manifestação seja encaminhada.
“Graves violações dos direitos humanos na Venezuela”, diz ONU sobre regime de Maduro
Relatórios da Missão de Determinação de Fatos da ONU na Venezuela, que iniciou em 2019, apontam uma série de crimes contra a humanidade em curso pelo governo do país: execuções arbitrárias, uso sistemático de tortura, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e violência sexual estão entre eles.
“A missão encontrou motivos razoáveis para acreditar que as autoridades e as forças de segurança venezuelanas planejaram e executaram, desde 2014, graves violações dos direitos humanos”, declarou Marta Valiñas, integrante da missão da ONU na Venezuela após divulgação do primeiro relatório, em 2020.
“Longe de serem atos isolados, estes crimes foram coordenados e cometidos de acordo com as políticas do Estado, com o conhecimento ou o apoio direto dos comandantes e de altos funcionários do governo. As mortes parecem ser parte de uma política para eliminar membros indesejados da sociedade com a desculpa de combater o crime.”
A ditadura de Maduro já sofreu sanções de uma série de países, como Estados Unidos Reino Unido e Canadá. Muitas das sanções são por não colaboração no combate ao tráfico internacional de drogas, eleições ilegítimas, corrupção e violações aos direitos humanos.
Gazeta do Povo
A ditadura de Maduro já sofreu sanções de uma série de países, como Estados Unidos Reino Unido e Canadá. Muitas das sanções são por não colaboração no combate ao tráfico internacional de drogas, eleições ilegítimas, corrupção e violações aos direitos humanos.
Gazeta do Povo