A TV Globo responderá uma ação civil pública após o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) concluir que a emissora tolerou casos de racismo nos bastidores da novela Nos Tempos do Imperador. A confirmação ocorreu logo após o MPT-RJ reunir depoimentos e documentos que comprovaram as acusações.
Deverá responder juntamente com a emissora pelos atos de discriminação, o diretor artístico da novela, Vinicius Coimbra. Neste momento, o MPT-RJ investiga crimes de racismo e injúria racial feitos contra, principalmente pelas autoras das denúncias, as atrizes Roberta Rodrigues, Cinnara Leal e Dani Ornellas.
Na época, as artistas relataram ao compliance, departamento de conduta da empresa, as atitudes desonestas e criminosas que se evidenciaram no ambiente de trabalho. No entanto, a TV Globo só tomou providências quando o caso chegou à imprensa.
De acordo com informações divulgadas pelo Notícias da TV, uma testemunha, que não teve o nome divulgado, afirmou que ela e outras atrizes foram instruídas a não trocar palavras com o “núcleo branco” a fim de que o cronograma das gravações não fosse interrompido.
Em 2022, o Pleno.News divulgou o depoimento de uma atriz no qual ela assegura que Coimbra e sua equipe tinham discursos preconceituosos e faziam separação entre os protagonistas como “elenco branco” e “elenco negro”. Em outra parte, a depoente mencionou que atores negros foram obrigados a gravar durante picos da Covid-19. De maneira formal, uma atriz se queixou com a direção. Entretanto, foi repreendida e decidiu não tocar mais no assunto.
O inquérito está em fase inicial de apuração e análise de provas. Mais de dez profissionais já prestaram depoimentos.
Pleno News