O ex-ministro não cravou a pré-candidatura ao Planalto no discurso em que defendeu o legado do combate à corrupção pela Operação Lava Jato, que o projetou nacionalmente.
O ato da filiação ocorreu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Moro relembrou alguns feitos da Lava Jato, como a recuperação de dinheiro desviado e a condenação de nomes proeminentes do setor privado e da política.
Justificou ainda o convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro para o Ministério da Justiça, em 2018, por ver ali possibilidades de “mudanças”.
“Era um momento que exigia mudança. Como juiz da Lava Jato, me sentia no dever de ajudar. Havia pelo menos uma chance de dar certo e eu não podia me omitir: aceitei o convite e ingressei no governo”, narrou.
No entanto, segundo o ex-ministro, a “carta branca” dada por Bolsonaro para sua atuação foi-lhe negada posteriormente.
“Queria combater a corrupção, mas, para isso, eu precisava do apoio do governo e esse apoio me foi negado”, declarou. “É mentira dizer que acabou a corrupção quando enfraqueceram as ferramentas para combatê-la”.
Moro lembrou ainda o período em que trabalhou na iniciativa privada — ele voltou ao Brasil na semana passada após trabalhar nos Estados Unidos pela consultoria Alvarez & Marsal, após rescindir com a empresa. E também disse não ter “ambições políticas”.
“Podemos construir juntos um Brasil justo. Não é um projeto pessoal. Nunca tive ambições políticas e sempre quis só ajudar, mas se para tanto for necessário assumir a liderança, meu nome sempre estará à disposição”, disse.
“Chega de corrupção, chega de mensalão, chega de petrolão, chega de rachadinha. Chega de querer levar vantagem em tudo e enganar a população”, disse sem citar nomes.
Moro mencionou ainda “projetos” que estão sendo por ele desenhados, como os que tratam do fim do foro privilegiado, da prisão em 2ª instância e das reeleições para cargos no Executivo.
Também citou a necessidade de combater a desigualdade, a pobreza e defendeu a educação e as privatizações.
A filiação de Moro contou com a presença de nomes do Podemos, como o senador Álvaro Dias e a deputada federal Renata Abreu, presidente nacional da sigla, e também de outros possíveis presidenciáveis, como o ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
Em uma palestra em 2018 quando se preparava para ser ministro da justiça no governo Bolsonaro, o ex Juiz disse não entraria na política, na ocasião moro disse o seguinte:
"Eu, aqui, faço uma respeitosa divergência, não me vejo ingressando na política, ainda como um político verdadeiro. Para mim, é um ingresso num cargo que é predominantemente técnico", afirmou.
Ele disse ainda que, como ministro, vai trabalhar com aquilo que conhece, que é a Justiça.
Na palestra, que durou cerca de uma hora, o juiz ressaltou que mantém válida a promessa que fez anos atrás, de que jamais entraria para a política.
"Não pretendo jamais disputar qualquer espécie de cargo eletivo. Mas Ministério da Justiça e da Segurança Pública, para mim, eu estou em uma posição técnica, para fazer o meu trabalho", ressaltou.
"Eu, aqui, faço uma respeitosa divergência, não me vejo ingressando na política, ainda como um político verdadeiro. Para mim, é um ingresso num cargo que é predominantemente técnico", afirmou.
Ele disse ainda que, como ministro, vai trabalhar com aquilo que conhece, que é a Justiça.
Na palestra, que durou cerca de uma hora, o juiz ressaltou que mantém válida a promessa que fez anos atrás, de que jamais entraria para a política.
"Não pretendo jamais disputar qualquer espécie de cargo eletivo. Mas Ministério da Justiça e da Segurança Pública, para mim, eu estou em uma posição técnica, para fazer o meu trabalho", ressaltou.