O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), que recentemente passou disparar ataques contra Jair Bolsonaro, disse que a Casa precisa demarcar uma linha clara sobre a qual o presidente Bolsonaro não pode avançar.
– Bolsonaro não respeita ninguém nem respeita a instituição da Câmara. A hora de reagir é agora. A Câmara precisa demarcar uma linha no chão de até onde ele pode ir. Precisa colocar um cercadinho para mostrar até onde ele pode ir e dali ele não pode passar – afirmou o deputado, em entrevista ao Estadão.
Ramos está analisando o superpedido de impeachment contra Bolsonaro, reunindo diversos partidos de oposição e de centro, e afirmou que uma leitura preliminar indica haver indícios de crime de responsabilidade, em razão dos questionamentos que o presidente fez sobre fraude eleitoral. Bolsonaro defende o voto impresso e auditável como solução para evitar fraudes.
Número dois na Câmara, Ramos não descarta dar andamento a um pedido para afastar Bolsonaro, se assumir o comando da Casa. Admite, porém, que isso só ocorreria na ausência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Ao Estadão, o deputado afirmou ter conversado com Lira no domingo sobre as acusações que Bolsonaro fez a ele na condução da votação do Orçamento. Ao pedido de apoio, Lira respondeu com silêncio.
– Hoje sou eu, ontem foi Joice Hasselmann (PSL-SP), anteontem foi Alexandre Frota (PSDB-SP) e, recentemente, foi a Luisa Canziani (PTB-PR). Se não reagirmos, amanhã será Arthur Lira e a Câmara dos Deputados inteira – disse Ramos.
BOLSONARO RECLAMA DO FUNDÃO ELEITORAL
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, durante encontro com apoiadores na manhã desta segunda-feira (19), a aprovação de R$ 5,7 bilhões incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para o fundo eleitoral de 2022. Bolsonaro também reforçou ataques ao deputado Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara que presidiu a sessão que aprovou o texto da LDO.
Segundo Bolsonaro, Ramos é “insignificante” e atropelou o Regimento Interno da Câmara para não permitir que votassem em separado o dispositivo (destaque) sobre aumentar o fundão eleitoral.
– Agora cai para mim sancionar ou vetar. Tenho 15 dias úteis para decidir – completou o presidente.
*AE
– Hoje sou eu, ontem foi Joice Hasselmann (PSL-SP), anteontem foi Alexandre Frota (PSDB-SP) e, recentemente, foi a Luisa Canziani (PTB-PR). Se não reagirmos, amanhã será Arthur Lira e a Câmara dos Deputados inteira – disse Ramos.
BOLSONARO RECLAMA DO FUNDÃO ELEITORAL
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, durante encontro com apoiadores na manhã desta segunda-feira (19), a aprovação de R$ 5,7 bilhões incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para o fundo eleitoral de 2022. Bolsonaro também reforçou ataques ao deputado Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara que presidiu a sessão que aprovou o texto da LDO.
Segundo Bolsonaro, Ramos é “insignificante” e atropelou o Regimento Interno da Câmara para não permitir que votassem em separado o dispositivo (destaque) sobre aumentar o fundão eleitoral.
– Agora cai para mim sancionar ou vetar. Tenho 15 dias úteis para decidir – completou o presidente.
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